Esta é a terceira parte de uma resposta em 3 seções. Acesse a primeira parte da Resposta ao artigo "O uso do petrolato e de outros derivados de petróleo nos cabelos" do Cosmética em foco. |
Chegamos agora à parte final da nossa resposta ao artigo O uso do petrolato e de outros derivados de petróleo nos cabelos, divulgado no portal Cosmética em Foco.
O que nos motivou a escrever este texto foi a comoção gerada entre alguns praticantes das técnicas de No Poo e Low Poo.
Achamos necessário dizer, ao finalizarmos esse ciclo de "réplicas" ao texto do Ivan Souza, que a dúvida é um movimento muito sadio. Corremos esse risco (de duvidarmos de nossas concepções) apenas quando estamos abertos a ouvir opiniões diferentes das nossas.
Mas não há motivo para pânico. A dúvida (assim como a curiosidade) é madrinha da pesquisa. Se alguém afirma algo que desacomoda as suas crenças: pesquise, estude e depois disso tome a decisão de mudar ou não.
A Segunda parte da resposta ao artigo "O uso do petrolato e de outros derivados de petróleo nos cabelos" pode ser encontrada neste link. |
Falávamos, no trecho anterior, do uso dos shampoos.
O autor do Cosmética em Foco deu sua opinião sobre os surfactantes e expomos a posição dos praticantes das técnicas sulfate-free.
Seguiremos de onde paramos, com o mesmo formato: as considerações do Ivan antes das do Cabeleira em Pé, usando fontes diferentes. Segue a partir daqui:
Além de utilizar o xampu em uma ou duas aplicações, conforme a necessidade, a lavagem também requer uma boa massagem dos cabelos e do couro cabeludo.
Agora partiu pra ofensa (brincadeira!).
Somos uma legião de massageadores, convenhamos, e nos orgulhamos disso. Certamente prestamos muito mais atenção na parte da massagem do que pessoas que não fazem Low e No Poo.
Se você faz cowash sem massagear
Como todo derivado de petróleo, o uso do Petrolatum tem um impacto ambiental considerável! Se você se preocupa com o meio ambiente e quer manter um planeta saudável para as próximas gerações, talvez seja melhor dar preferência a ingredientes que sejam mais facilmente renováveis, como os óleos e manteigas vegetais, especialmente aqueles com certificação orgânica e livres de Greenwash! Esta sim é uma boa razão para dizer não aos petrolatos…
Dessa foma, somam-se as razões estéticas (sugeridas pelas técnicas como o CGM de Lorraine Massey) e as razões ecológicas (levantadas neste trecho pelo Ivan).
Quer ver outras respostas do Cabeleira em Pé à este tipo de matéria? Escolha um dos links abaixo:
Na dúvida, experimente
Não gostaríamos de fechar essa discussão sem antes fazer uma proposta:
Você acha que faltam experimentos científicos discutindo os benefícios/malefícios do uso de "petrolatos" nos cabelos?
Acha que muitos artigos publicados podem estar apenas perpetuando a ordem estabelecida pelo mercado, beneficiando o bolso de grandes empresas, preservando o uso de ingredientes nocivos (mas baratos)?
Por que não fazer um experimento científico você mesmo. #desafiolowpoo #desafionopoo
1) Lave e condicione seu cabelo;
2) Analise e anote aspectos como maciez, brilho, penteabilidade, quebra, queda...;
3) Fotografe seu cabelo;
4) Comece uma rotina (escolha a que você se identificar mais, tanto faz): Low Poo ou No Poo;
5) Siga a rotina durante 2 meses;
6) Depois destes 60 dias higienize e condicione seu cabelo respeitando a técnica escolhida;
7) Analise aspectos como maciez, brilho, penteabilidade, quebra, queda...;
8) Fotografe seu cabelo (de preferência nas mesmas condições de luz que no item 3;
9) Compare as análises dos itens 2 e7;
10) Compare as fotos dos itens 3 e 8;
Verifique depois disso quais foram as mudanças em seus cabelos.
Usando este método científico caseiro você garante que os únicos interesses preservados serão os seus.
Agradecemos a companhia de todos nessa jornada em 3 paradas.
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¹ N., Concin & Cols. (2011). Evidence for cosmetics as a source of mineral oil contamination in women. J Womens Health (Larchmt). v. 20 n.11